Última atualização em 25/05/2017 por admin
Dirigentes e profissionais de entidades fechadas na tentativa de entender melhor o seu público mais maduro e, feito isso, de melhor se comunicar com ele, têm duas coisas a fazer, principalmente. A primeira é pesquisar muito para conhecer melhor as demandas do grupo e, a segunda, usar todas as mídias. “Hoje e cada vez mais tornou-se preciso usar todos os canais”, resume Renato Meirelles, Presidente do Instituto Locomotiva.
A terceira coisa a fazer quem aponta é Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon: é estabelecer um alto grau de empatia com o público. E para ser empático não basta conhecer o grupo e ser aceito por ele, é necessário também não se deixar guiar por estereótipos, como a de que todo idoso é geralmente alguém sozinho, o que frequentemente não é verdade. E para não se deixar levar pelas ideias preconcebidas, retorna-se à necessidade de se fazer pesquisas.
Mesmo porque as pessoas têm particularidades que as tornam diferentes dentro do grupo. E partindo dessa ideia, Noya sugere aos dirigentes e profissionais de entidades fechadas algumas formas de pensar e proceder em relação aos mais maduros: deixe o idoso ser visto como ele realmente é, valorize a sua idade real, entenda-o e não insista, ofereça dicas aceitando que ele muitas vezes têm vergonha de pedi-las e não o trate como se fosse um dependente.
Internet – E mais que tudo, volta Renato Meirelles fornecendo dados de pesquisa, não acredite que o público maduro está de costas para o mundo digital. A verdade é bem outra e dirigentes e profissionais de entidades fechadas precisam estar atentos.
Nos últimos 8 anos o Brasil ganhou 4,8 milhões de internautas com mais de 60 anos. Foi um salto e tanto. Em 2008, eles eram 364 mil e atualmente já somam 5,2 milhões, um contingente que movimenta R$ 330 bilhões na economia, cifra que corresponde a nada menos de 38% da renda total da população que se encontra nessa faixa etária.
Prossegue Meirelles explicando que perto da metade desse público adicionado à internet tem entre 60 e 62 anos. E 2 a cada 10 pessoas já passaram dos 70 anos de idade. Ao redor de 60% desses internautas idosos está na região Sudeste, 18% no Sul, 13% no Nordeste, 6% no Centro-Oeste e 3% no Norte.
A imensa maioria desses idosos (76%) pertence às classes A e B, 23% à C e 1% à D e E. Nesse ponto é preciso lembrar que, pela classificação brasileira, a maioria dos participantes de EFPCs exibem renda suficiente para serem classificados ao menos como classe B.
Nove em cada 10 acessam a rede utilizando PCs ou notes, mas 44% preferem smartphones e 17% os tablets.