Última atualização em 28/10/2016 por admin
O Ministério Público Federal requisitou e a Justiça aceitou que a nova denúncia contra a ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tramite no âmbito da Operação Greenfield, que apura irregularidades nos quatro maiores fundos de pensão do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios).
Nesta quarta-feira (26), Cunha, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, seu ex-sócio Alexandre Margotto e o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto viraram réus após o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitar denúncia contra eles.
A acusação aponta a cobrança e o recebimento de propina por parte de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Indicado por Cunha para a Caixa, Cleto fechou acordo de delação premiada, e suas informações alimentaram o inquérito.
Em manifestação enviada à Justiça, a Procuradoria da República no Distrito Federal afirma que a investigação no FI-FGTS “apresenta conexão intensa com os fatos criminosos apurados no bojo da Operação Greenfield”. Cunha sempre negou as acusações de envolvimento no esquema.
Segundo o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, “a análise conjunta dos fatos denota, em grande número de casos, a similitude de favorecimentos do FI-FGTS em sintonia com os Fundos de Pensão [e] a coincidência de investimentos comuns”.
O procurador conclui: “É indispensável, para o total esclarecimento da teia criminosa, que os fatos denunciados no processo em epígrafe sejam reunidos com os demais processos da Operação Greenfield”. Anselmo também pede o compartilhamento das provas do processo com a Greenfield.