Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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Fundos de estatais enfrentam dificuldades – Fonte: Monitor Mercantil

Última atualização em 11/12/2014 por admin

cadeiaO
ambiente está tenso nos fundos de pensão, notadamente nos mais opulentos, como
Previ – onde associados se mostram contrários à resolução 26, que permite ceder
metade do superávit ao patrocinador Banco do Brasil – e na Petros, onde houve
déficit no último exercício. O ambiente é delicado no Postalis, onde a
associação de empregados formalizou sua preocupação junto à Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc).

 

A
Previ é líder nacional, com 200 mil associados – que chegam a quase 1 milhão,
com dependentes. Foi criada em 1904, antes da previdência oficial, mas,
ultimamente, os beneficiários vêm-se insurgindo contra atos do governo. A 12 de
novembro, o grupo da Anabb que elegeu conselheiros independentes lançou
manifesto, mostrando preocupação com o dinheiro dos fundos, que terá de suprir
aposentados e pensionistas por longo tempo. Dois dias depois, a Previ publicou a
nota “Seriedade e mais respeito com a Previ”, informando ser o fundo exemplo de
gestão corporativa e lamentando não terem sido os conselheiros aliados do
governo convidados a assinar o manifesto do dia 12.

 

Em
resposta, Cecília Garcez, conselheira eleita pelos colegas, para justificar a
exclusão dos conselheiros ligados ao governo, citou Mateus, em capítulo 6,
versículo 24, no qual reproduz ensinamento de Jesus, de que não se pode servir a
dois senhores. Garcez afirmou que tais conselheiros, por sua atuação, não são
independentes e frisa que o objetivo dos conselheiros independentes é o de
proteger o patrimônio dos fundos contra ações de governo, “quaisquer governos”.
No meio, também há críticas à Previc, por sua morosidade em atender a
reclamações dos usuários e de entidades do setor.

Um
fato que chama a atenção dos analistas, no caso dos fundos, é a visão apolítica
da questão. O Partido dos Trabalhadores (PT) sempre obteve amplo apoio junto ao
pessoal das estatais. No entanto, o que está em jogo não é apoio a governo ou
oposição, mas preocupação com o futuro, de viés puramente patrimonial. Muitos
conselheiros que hoje acusam o governo de não cuidar corretamente dos saldos dos
fundos são ideologicamente mais ligados ao PT, mas não querem misturar simpatia
política com correção na gerência dos bilionários recursos dessas entidades. (
Monitor Mercantil)

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