Última atualização em 20/10/2014 por admin
Que homens e mulheres são diferentes isso já não se discute mais. Mas a diferença persiste quando ficamos mais velhos? As diferenças socioculturais no processo de envelhecimento entre os dois sexos foi o tema central do IX Fórum da Longevidade Bradesco Seguros que aconteceu na quarta-feira, dia 15 de outubro, no Hotel Unique, em São Paulo.
Na parte da manhã, o fórum reuniu Mirian Goldenberg, professora da UFRJ, antropóloga e pesquisadora e colunista do jornal Folha de S. Paulo, Claudia Burlá, médica especialista em geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; Maria Victoria Zunzunegui, pesquisadora e professora de Saúde Pública e Envelhecimento da Universidade do Canadá; Mary Del Priore – pesquisadora e historiadora, autoria de “História das Mulheres no Brasil”; Marcos Silvestre, economista, fundador da Sociedade Brasileira de Estudos sobre Dinheiro e Alexandre Kalache, geriatra e gerontólogo, consultor em Longevidade da Bradesco Seguros; o escritor John Gray, autor de “Vênus é de fogo, Marte é gelo – o segredo da vida, do amor e da energia” e “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus” e o jornalista e escritor Zuenir Ventura, considerado ícone de longevidade.
Entre os assuntos debatidos como homens e mulheres veem a velhice, a saúde dos gêneros na longevidade e como viver e conviver com as diferenças nesse contexto, além de planejamento financeiro.
Numa vasta pesquisa sobre as relações entre a saúde, o envelhecimento e a questão do gênero, a antropóloga Mirian Goldenberg citou algumas descobertas importantes. De acordo com ela, se é verdade que as mulheres morrem mais tarde do que os homens, como já se sabe, também é verdade que, na velhice, quem cuida das mulheres são suas amigas e quem cuida dos homens são as mulheres. O melhor cuidado, disse ela, com a segurança de quem entrevistou 50 idosos em profundidade, “é ter um projeto de vida”.
Em sua participação, a geriatra Claudia Burlá relatou suas experiências clínicas com homens e mulheres. Ela confirmou que as mulheres, em geral, vivem mais do que os homens. “Mas também são mais frágeis do que os homens e, quando adoecem gravemente, demoram mais para morrer”, explicou.
A programação da manhã foi encerrada com um debate entre os palestrantes, com moderação do médico e gerontólogo Alexandre Kalache, consultor em longevidade da Bradesco Seguros. Também foram anunciados os vencedores dos Prêmios Longevidade Bradesco Seguros, em três modalidades: jornalismo, histórias de vida e pesquisa em longevidade. ( Portal Nacional de Seguros)