Última atualização em 26/05/2014 por admin
Fundos de pensão trabalham com informações sensíveis. É o mínimo que se pode dizer de entidades que detém dados sobre centenas de milhares de participantes, os valores de suas contas, número dos CPFs, benefícios recebidos e laços familiares. Tudo confidencial e que precisa não apenas ser resguardado de olhares indevidos, mas também deve estar disponível no momento de seu processamento. Por isso a segurança da informação é uma expressão levada cada vez mais a sério e, por essa mesma razão, está a caminho, para tornar-se disponível ainda em 2014, uma cartilha destinada a mostrar passo a passo o que pode ser feito.
Perto de uma dezena de entidades, reunidas na Comissão Técnica Regional Nordeste de Tecnologia da Informação, estão com a missão de escrever essa cartilha. “A intenção é não apenas termos algo bem direto e prático, como específico para ser aplicado aos fundos de pensão”, explica Maria de Fátima Pimentel, responsável pela área de TI da Fachesf. Ela sublinha o intuito de chegar a uma cartilha que sirva para atender ao dia a dia das entidades, mesmo as de porte menor.
Essa preocupação em atender as demandas das entidades de menor porte é igualmente sublinhada por Flávio Santos, responsável pela área de TI da Funcasal. Para conseguir chegar a isso, uma das recomendações será o emprego de programas não onerosos. “Há softwares gratuitos que podem ajudar nesse sentido”, resume Santos.
O trabalho, prevê Maria de Fátima, deverá estar concluído em agosto, quando será então remetido para o conhecimento, validação e eventuais acréscimos por parte da Comissão Técnica Nacional de TI, instância superior que solicitou que fosse realizado e agora dará o ok final.
Reunida há dois dias, a CTR Nordeste discutiu pontos que, entre outros, não podem ficar ausentes da cartilha. Maria de Fátima se refere aos cuidados que devem ser estendidos aos terceirizados e à preocupação com as condições de leitura das cópias de segurança (backup) existentes. “Não adianta ter os dados guardados se, depois, não se consegue ler”, nota Maria de Fátima.