Última atualização em 01/04/2014 por admin
Os sinais estão por todos os lados. Antes disso as evidências já eram muitas, mas só para ficar nas mais recentes da crescente valorização da temática da supervisão baseada em risco vale lembrar que no ano passado Roberto de Luca Júnior, da Previ, ganhou o 5º Prêmio de Monografias da Previdência Complementar Rio Nogueira com um trabalho sobre o tema. E agora mesmo a SBR, que nunca saiu de cartaz, marca presença na programação do II Encontro Nacional de Governança, dias 28 e 29 de abril próximo, em Salvador, e nas seguidas manifestações da Abrapp em favor de uma fiscalização muito mais pautada na avaliação dos riscos envolvidos do que em regras.
E tudo isso, desde a primeira menção à SBR no passado mais remoto até a mais recente, para que esta seja mais efetivamente praticada. E que vire prática não porque se queira acobertar o descumprimento de regras, mas sim para que a rotina da fiscalização presencial não se transforme em um pesado ônus e motivo adicional de estresse para as entidades.
“De uns anos para cá muitas entidades avançaram bastante na gestão baseada em risco”, comenta Antônio Carlos D´Almeida, da Forluz, referindo-se a uma espécie de contraparte adotada pelas EFPCs para casar com a SBR a ser implementada pela Previc. A autarquia, então, já tem as condições para também avançar.
“Numa escala de 0 a 10, daria nota média 6 ou 7 às nossas entidades em matéria de gestão baseada em risco”, observa D´Almeida.
É assim, e cada vez mais, também nas empresas, que estão mais à frente e podem servir de exemplo. No mundo corporativo, onde a abrangência já é maior, dizem os consultores só estar faltando uma visão integrada, no contexto da abordagem conhecida como GRC (Governance, Risk and Compliance).
Cristiane Amaral, da EY (antiga Ernst Young) mostra que o mundo corporativo pode mostrar as vantagens de uma abordagem mais abrangente, só faltando integrar mais as áreas. Gestão de risco e compliance, já estão incluídas nas rotinas relacionadas à governança, junto com as auditorias interna e externa, controles internos e área jurídica, entre outras. Falta apenas integrar melhor.
Além da visão integradora, segundo Cristiane falta também não colocar tanto foco na tecnologia da informação. “Uma solução de TI apropriada é essencial, mas a visão do GRC deve induzir mudanças mais profundas que viabilizem a efetiva integração e alinhamento dos setores e tarefas”, preconiza a especialista.