Última atualização em 28/01/2014 por admin
Expectativa para o IPCA deste ano subiu de 6,01% para 6,02%, diz BC.
Previsão para os juros no fim de 2014 subiu de 10,75% para 11% ao ano.
Os economistas do mercado financeiro elevaram na semana passada sua estimativa para a inflação deste ano. Os especialistas passaram a prever uma alta maior da taxa de juros no decorrer de 2014 e projetaram crescimento menor para a economia brasileira.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão dos economistas recuou de 2% para 1,91%
As informações foram divulgadas ontem pelo Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, feita na semana passada.
Os ajustes nas expectativas aconteceram após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 ter ficado acima das expectativas da autoridade monetária e, também, depois de o Banco Central informar, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por fixar os juros básicos da economia, que teria de permanecer “especialmente vigilante” – indicando novas altas na taxa básica da economia nos próximos meses.
Expectativa do mercado para a inflação
A estimativa dos economistas dos bancos para o IPCA deste ano subiu de 6,01% para 6,02% na última semana. Foi a terceira alta seguida do indicador. Para 2015, a expectativa dos analistas para o comportamento da inflação avançou de 5,60% para 5,70%, de acordo com o levantamento da autoridade monetária.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a inflação tem de ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Crescimento do PIB
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão dos economistas recuou de 2% para 1,91%. O crescimento previsto para 2014 é cerca de metade do estimado no orçamento para o próximo ano – de 3,8%. Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira também recuou, passando de 2,50% para 2,20% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.
Taxa de juros
Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter subido, na semana retrasada, a taxa básica de juros da economia brasileira, de 10% para 10,50% ao ano, o mercado elevou, na semana passada, sua expectativa para a taxa básica, no fim deste ano, de 10,75% para 11% ao ano. A previsão dos economistas dos bancos é de que a próxima elevação nos juros aconteça em fevereiro, quando avançaria para 10,75% ao ano. Para o fechamento de 2015, por sua vez, a estimativa do mercado permaneceu inalterada em 11,50% ao ano.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 ficou estável em R$ 2,45 por dólar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar permaneceu em R$ 2,50.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2014 caiu de US$ 9,10 bilhões para US$ 8 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial ficou inalterada em US$ 12 bilhões na última semana.
Para 2013, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil recuou de US$ 60 bilhões para US$ 57,50 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.