Última atualização em 14/01/2014 por admin
Não bastasse a intolerância com a necessidade de valorização dos benefícios previdenciários, o governo bateu a meta de pior reajuste dos últimos anos e concede, em 2014, apenas 5,56% de reajuste das aposentadorias e pensões acima do salário mínimo. O índice é menor que a inflação e corresponde apenas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado na última sexta-feira, 10, pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o aumento de 10% no preço da Cesta Básica em 9 capitais brasileiras, os aposentados, em sua maioria idosos, perdem drasticamente o poder de compra e deparam-se com o desespero de perderem a independência financeira. “Os gastos com remédios, médicos, alimentação aumentam ano a ano, enquanto o reajuste dos benefícios só diminui. A atitude do governo gera revolta e indignação pelo descaso com aqueles que ajudaram a construir o país”, disse o diretor financeiro da COBAP, Nelson Osório.
O presidente da COBAP, Warley Martins, repudia o novo índice. “Não aceitamos que ano a ano diminuam ainda mais as aposentadorias, enquanto lutamos, nos reunimos, fazemos audiências por uma aposentadoria melhor. E vergonhoso que o governo tenha coragem de tirar ainda mais dos nossos benefícios”, indignou-se o presidente.
A política de não conceder reajuste real para os benefícios acima do mínimo foi defendida pelo governo no envio da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, em abril de 2012. A partir do final de janeiro a COBAP inicia as manifestações nacionais de 2014 em defesa dos direitos dos aposentados.