Última atualização em 14/01/2014 por admin
CVM destacou que o grupo controlador da Oi não pode participar do cálculo do preço de alguns ativos envolvidos na transação, o que representa uma vitória para os minoritários
A fusão da Oi (OIBR3;OIBR4) com a Portugal Telecom sofreu uma revés, após acionistas minoritários obterem uma vitória inicial na luta por condições mais favoráveis, de acordo com uma decisão preliminar da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) obtida pela Bloomberg News. As ações da Oi registram ganhos de 1,14% (R$ 4,42) para os papéis ON e de 1,42% (R$ 4,28) para os ativos PN, de acordo com cotação das 13h20 (horário de Brasília).
Conforme informado pela agência de notícias, a CVM destacou que o grupo controlador da Oi não pode participar do cálculo do preço de alguns ativos envolvidos na transação. A Oi e a Portugal Telecom planejavam usar os preços dos ativos aprovados pelos investidores de maior peso em seu capital para ajudar a determinar a distribuição das ações da nova companhia, informou a Bloomberg.
Zeinal Bava, que assumiu a presidência da companhia brasileira em junho de 2013, está impulsionando a fusão de modo a concorrer com a América Mobil, que controla a Claro, e a Telefónica SA, que controla as operações da Telefônica (VIVT4) brasileira. A Bloomberg ressalta que, se a CVM sustentar a decisão do seu pessoal técnico, Bava terá que melhorar a proposta para investidores não controladores que rejeitaram a diluição dos papéis.
A Oi planejava fazer uma arrecadação de R$ 7 bilhões vendendo ações novas – diluindo suas ações – destinando US$ 2 bilhões em dívidas para a acionista controladora Telemar Participações.
Vale ressaltar que, na última sexta-feira, os papéis já haviam subido forte em meio à notícia divulgado pelo jornal Valor Econômico de que os acionistas controladores da companhia estariam impedidos de votar na avaliação dos ativos da Portugal Telecom, que deseja aportar no aumento de capital previsto para acontecer na Oi, parte da operação de fusão entre as teles brasileira e portuguesa.
Essa foi a decisão dada pela SEP (Superintendência de Relações com Empresas) da CVM (Comissão de Valores Monetários) à consulta feita pela administradora de recursos Tempo Capital, acionista da Oi. Por meio de um ofício, a SEP informou à Tempo que, em seu entendimento, além da Portugal Telecom e sociedades a ela ligadas, as demais controladores da Oi, AG, LF, BNDESPar, Previ, PetrosFuncef e Fundação Atlântico – todos os acionistas da Telpart – estão impedidos de votar nessa avaliação de ativos na tele portuguesa. (Lara Rizério – InfoMoney)