Associação dos Participantes e Assistidos de Fundações e Sociedades Civis de Previdência Complementar da Área de Telecomunicações

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Fraude em fundos já é paga por servidores – Fonte Folha de Pernambuco

Última atualização em 12/09/2016 por admin

bolsovazioHá perdas, no entanto, que só serão conhecidas pelos trabalhadores na hora em que forem receber sua aposentadorias complementares

Há perdas, no entanto, que só serão conhecidas pelos trabalhadores na hora em que forem receber sua aposentadorias complementares. Hoje, são afetados os trabalhadores dos planos de benefício definido, mais antigos. Nessa modalidade, o trabalhador sabe desde a entrada no programa quanto receberá por mês ao se aposentar. Se há deficit, ele e a empresa precisam fazer aportes para cobrir o rombo.

Nos planos novos, a regra é diferente, mas pode significar benefício menor que o esperado ou necessidade de pagar quando se esperava receber o dinheiro de volta.
O plano do Postalis já está sendo coberto com duas rodadas de recurso extra -aposentados chegam a pagar 14% do benefício. Funcef e Petros fizeram propostas para cobrir o deficit. A Previ espera o resultado do ano para resolver como equacionar o problema.

“Esse plano produz um risco maior para a empresa que patrocina porque tem que produzir volume de recursos suficiente para benefício predefinido [ou haverá aportes extras]. No Brasil, começou a ser abandonado há 15, 20 anos”, diz José Roberto Savoia, professor da FEA-USP.

A modalidade de benefício definido deu lugar a planos de contribuição variável. Nesse tipo, o deficit só existe após a aposentadoria. Enquanto o trabalhador faz contribuições, não sabe quanto receberá no futuro. Ao se aposentar, é feito o cálculo com base no dinheiro acumulado. Se vive mais ou o recurso ainda guardado rende menos, é preciso cobrir o rombo. 

Há uma terceira modalidade, mais semelhante à previdência privada tradicional. O participante faz contribuições e receberá o equivalente ao que poupou mais o rendimento. Se render menos que o esperado, terá menos recursos para viver a velhice.

Nas últimas duas opções de plano, o impacto de má gestão ou corrupção ainda não aparece nem é medido. Poucos trabalhadores chegaram à idade de se aposentar e não há uma meta de rendimento do dinheiro acumulado, diz Savoia.

“O gestor pode dizer que busca rendimento de inflação mais 5% ao ano. Se ele não alcança, não há deficit. Mas o valor do benefício a ser apurado será menor porque o montante de recursos ficou menor”, exemplifica.

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